Que diríeis, que divisão vês entre vós. Aqui nenhuma, mas quando termina nossa assembléia, um critica o outro; esse injuria publicamente o irmão; aquele se enche de inveja, de avareza ou de cobiça; aquele outro se entrega à violência; outro ainda à sensualidade, à impostura; à fraude. Se nossas almas pudessem ser postas a nu, veríeis então a exatidão de tudo isso... Desconfiando uns dos outros, nos tememos mutuamente, falamos ao ouvido do vizinho e se vemos aproximar-se um terceiro, calamo-nos e mudamos de assunto... Respeitai, respeitai esta mesa da qual todos nós comungamos; respeitai o Cristo imolado por nós, respeitai o sacrifício que é oferecido.
(São João Crisóstomo).
Um comentário:
Deixando-se ferir até a morte, JESUS não sofreu prejuízo moral. É o que devemos ter como lição porque, com Sua ressurreição, conquistou do PAI a santificação e o valor para a alma e mostrou que o corpo findável não merece o zelo que o homem lhe confere.
Ainda assim, através da EUCARISTIA, faz fusão de Seu Corpo e Sangue com o ser humano, tornando-se presente nele. E, como Alimento que gera compreensão de SEU imenso Amor pela humanidade, imprime no ser a coragem de assumi-lO e infunde-lhe Sua Divindade, para transformá-lo, fazendo-o difusor de Sua proposta de vida plena de JUSTIÇA.
Por ser JUSTO, ensina-nos esse modo contrário de agir que indica presença de insanidade: antes ser atingido pela ofensa do outro do que praticar ultraje contra o semelhante!
Mas note-se como é perfeitamente compreensível, apesar de complicado para a razão defensiva, plantada pelo livre arbítrio, que dita mais direitos do que deveres... ao recebê-lO na Comunhão, o OUTRO é ELE mesmo sofrendo, na Própria carne, a violência peculiar do coração humano e, considerando real Sua ALIANÇA com o ser, ao comungá-lO não se pode pensar na possibilidade de se cometer contra SI mesmo, nenhuma atrocidade!!!
A COMUNHÃO, ASSIM É CHAMADA PORQUE, UNE SERES NUMA MANEIRA COMUM DE SER, PENSAR E AGIR, QUE É A MANEIRA DO FILHO DE DEUS!
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